7 de jul. de 2013

Ney Matogrosso fala sobre sexo e intimidade

Papo adulto com Gabi

Um dos artistas mais sensuais do país esteve no fim do mês passado na estreia do programa de entrevista Gabi Quase Proibida. Ney Matogrosso (1941) teve um papo com Marília Gabriela sobre sexo e sexualidade, comentando a sensualidade e erotismo presente nos homens, na sua arte e os desejos de sua vida íntima, pessoal e sexual.

No novo talk show das quartas-feiras, o cantor, diretor, ator e iluminador Ney Matogrosso, com seus 72 anos de idade, sempre elegante e magro, iniciou a entrevista comentando o momento atual da política brasileira, com manifestantes fazendo os governantes voltarem atrás nas decisões. E completa: "O Estado Brasileiro é um Estado laico, não tem que se misturar com religião".

Sobre o sexo, o discreto (fora dos palcos) Ney destaca que "é o único poder real de cada ser humano", sendo por isso combatido pelas religiões. Nas relações pessoais, o cantor revela que não é um 'caçador', prefere esperar, mas não gosta de ser cantado... No mínimo, misterioso e... sexy! E diz ainda: "o que me dá tesão (hoje) é carinho".

Veja a entrevista completa Ney Matogrosso em Gabi Quase Proibida:


"Quero ter o direito até de errar... de poder viver com liberdade" Ney Matogrosso

Ney iniciou a vida sexual aos 11 anos de idade, quando descobriu o prazer da masturbação. Foi com uma prima, na época que todos o considerava uma criança. E foi no exército, na verdade no quartel da aeronáutica, que o ídolo da música brasileira começou a "resolver" sua atração por homens. Ele viu que poderia haver uma relação afetiva entre dois homens, além da puramente sexual. Entre eles e elas, Ney se diz mais direcionado por homens, e que sofre preconceito de muitos gays que não acreditam que esta natureza bi seja possível.

A sensualidade do artista vem desde a escolha do nome Matogrosso, um dos sobrenomes do seu pai que remete a um lugar desconhecido, logo exótico, aguçando a sexualidade aflorada também nas artes. Num passado em que homem não podia ser sexy, mesmo com os belos e pioneiros  Elvis Presley, James Dean e Marlon Brando - os três ícones que mexeram com a visão do artista Ney Matogrosso, com o desejo e necessidade de expressão sensual.

Sempre transgredindo a imagem masculina, rebolando semi-nu no palco, ou pelo menos sem camisa, maquiado... desde os tempos de Secos e Molhados, Homem com H e Telma Eu Não Sou Gay. Um embrião do que hoje chamamos de drag queen ou performer - sempre montado e altamente expressivo. Ney lembrou da sua relação de anos com o saudoso Cazuza, confessando que era na época um "escravo sexual". Comentou também que sexo e drogas são fatos reais em todas as esferas sociais, e define sexo como "a mola propulsora da humanidade".

Veja o Show Ao Vivo de Ney Matogrosso no Palácio das Artes, (BH, 1999):

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